18-11-2011 13:03
Para uma organização tão secreta, a Iniciativa Dharma (do seriado de TV "Lost") tem deixado evidências de suas atividades: ursos polares, monstro ameaçador que se parece com uma fumaça negra, estações e outros.
Os detalhes sobre o grupo são inconsistentes, mas acredita-se que membros da Iniciativa ou um grupo conhecido como os "Outros", ameaçou, intimidou e assassinou alguns dos sobreviventes do vôo 815 da Oceanic, que caiu na ilha. Independentemente da razão, ninguém sabe quem eles são e o que eles pretendem.

Foto copyright 2004 ABC, Inc. / Mario Perez
Interior de uma estação da Iniciativa Dharma
Então, quem são os "Outros", o que pretendem? Como estão relacionados com a Iniciativa Dharma? O que têm a ver com a fumaça negra, os ursos polares e os abrigos espalhados pela ilha? Neste artigo, você irá aprender sobre a Iniciativa Dharma, sua história e sua relação com o que pode estar acontecendo na ilha.
Princípios básicos da Iniciativa Dharma
A Iniciativa Dharma começou seu ambicioso projeto científico nos anos 70. Seus fundadores, Gerald e Karen DeGroot, aspiravam criar um grande complexo de pesquisas em uma ilha. Eles planejavam a construção de seis estações de pesquisa subterrâneas.
Os recursos financeiros de dois estudantes de doutorado, mesmo que aplicado de forma inteligente, não seriam suficientes para cobrir os custos de construção e manutenção de um complexo de tal magnitude. Assim, os DeGroot se voltaram a Alvar Hanso e à Fundação Hanso. Desde os anos 60, a Fundação "tem oferecido doações para experimentos importantes, que vislumbrem o avanço na evolução da raça humana e soluções tecnológicas para os problemas mais iminentes de nosso tempo".

Foto copyright 2004 ABC, Inc. / Mario Perez
Essa estação da Iniciativa Dharma foi construída originalmente para estudar fenômenos eletromagnéticos
|
Hanso financiou pesquisas em:
-
prolongamento da vida
-
eletromagnetismo
-
inteligência extraterrestre
-
previsões matemáticas
-
criogênicos
-
eugenia de justaposição
-
visão remota psíquica
Alguns desses experimentos foram bem sucedidos. Em 2005, a Fundação comemorou o 105º aniversário de um orangotango chamado Joop, que vinha sendo o objeto de experimentos de prolongamento da vida. Orangotangos normalmente vivem até os 60 anos, o que fez com que o experimento fosse considerado um sucesso.
O vídeo de informação e o Dr. Candle
Boa parte das informações disponíveis sobre a Iniciativa Dharma e Alvar Hanso, em "Lost", vem de um vídeo de orientação. Esse vídeo é narrado pelo Doutor Marvin Candle, cujos jaleco e gravata mudam durante o filme. A explicação mais lógica é que o filme foi gravado em dias diferentes. Algo mais obscuro poderia estar acontecendo: a prótese que o Dr. Candle possui no lugar da mão esquerda soma-se às suspeitas. Alguns acreditam que o Dr. Candle tenha um olho de vidro, o mesmo encontrado pelos sobreviventes do vôo 815 da Oceanic em um abrigo abandonada.
|
Pouco tempo depois, no entanto, a Global Health Organization (GHO - Organização Global de Saúde) relatou o afloramento da doença meningocócica em vilas próximas ao centro de pesquisas da Fundação localizado em Zanzibar. De acordo com os documentos confidenciais da GHO, testes sugeriam que a doença se originou nos macacos. A GHO alegou que a doença havia pulado a barreira símio-humana e ordenou que a Fundação terminasse suas operações. Embora a GHO tenha posteriormente voltado atrás na decisão, o episódio tornou a longevidade de Joop controversa. A considerável contribuição da Fundação para o fundo de defesa da GHO também pode ter influenciado nessa revogação. Ainda não está claro se os experimentos da Fundação Hanso criaram a doença ou fizeram com que ela se espalhasse.

Foto copyright 2004 ABC, Inc. / Mario Perez
O complexo da Iniciativa Dharma inclui também uma
estação médica
-
Dharma na ilha

Foto copyright 2004 ABC, Inc. /
Mario Perez
A entrada escondida para a Estação 3
|
Em "Lost", os sobreviventes do vôo 815 da Oceanic sabem muito pouco sobre as atividades da Iniciativa Dharma na ilha. Sabem apenas que devem digitar a seqüência 4, 8, 15, 16, 23, 42 em um computador a cada 108 minutos, teoricamente, para prevenir um possível desastre. Essa atividade parece ser um experimento psicológico, originalmente observado por uma estação central da Iniciativa Dharma conhecida como "The Pearl" (A Pérola). Entretanto, parece também que deixar de apertar os números pode causar efeitos desastrosos.
A Iniciativa Dharma é secreta em relação a suas atividades, mas um desenho nas portas anti-explosão da Estação 3 (em episódios da segunda temporada) forneceu diversas dicas sobre as instalações. Você pode ver uma versão do mapa com anotações e as inscrições feitas na porta em Cubit.net (em inglês).
Iremos nos referir ao desenho como o mapa e aos artistas que o criaram (moradores antigos da escotilha) como criadores do mapa. Consideraremos que o desenho não é falso e que não se trata de rabiscos estranhos de uma pessoa que ficou louca devido a experimentos psicológicos.
Diferentemente dos sobreviventes do vôo 815 da Oceanic, os criadores do mapa tiveram interesse nas instalações da Iniciativa Dharma e nas atividades na ilha. Eles exploraram a ilha sistematicamente, tendo a certeza de não se distanciar mais do que o limite de 108 minutos permitia. Dessa forma, os criadores do mapa poderiam explorar a ilha sem deixar de apertar o botão. Eles então manipulavam a fiação elétrica da estação para ativar as portas anti-explosão, documentando nelas as suas descobertas.
Os criadores do mapa identificaram quatro estações:
-
Flame (Chama)
-
Swan (Cisne - Estação 3)
-
Arrow (Flecha)
-
Staff (Equipe - Caduceu)
Outras estações, provavelmente subaquáticas, podem também existir, além da estação central conhecida como "The Pearl". Os sobreviventes do vôo 815 viram um tubarão marcado com a logomarca da Dharma e pelo menos dois ursos polares na ilha, o que torna muito provável o fato de ter existido uma instalação de pesquisa animal em algum momento.

Foto copyright 2004 ABC, Inc. / Mario Perez
A entrada da estação médica, o Caduceu
|
Uma intranet, chamada Dharmatel, conecta os complexos, embora as anotações dos criadores do mapa detalhem panes em todo o sistema em diversas datas. As anotações também se referem a Cerberus, cujo nome vem da referência da besta mitológica de três cabeças que guarda a entrada do inferno. Cerberus é provavelmente o "monstro de fumaça negra" da ilha. Seu propósito é vago, embora Danielle Rousseau o tenha chamado de sistema de segurança. Ninguém sabe, no entanto, o que ele protege ou se já existia na ilha antes da chegada dos pesquisadores. Algumas pessoas especulam que os sobreviventes da cauda do avião teriam aumentado o contato com os Outros porque Cerberus não estava presente naquele lado da ilha.
O mapa também especifica o navio negreiro "Black Rock" (Rocha Negra) como o local da morte de Magnus Hanso, provavelmente um parente de Alvar Hanso ou o próprio Alvar sob um codinome. As anotações no mapa sugerem que o incidente que levou à necessidade de apertar o botão na Estação 3 ocorreu em 1985. Esse incidente provavelmente envolveu Alvar Hanso e um ou mais dos DeGroot.
Naturalmente, todas as instalações anotadas no mapa são parte de uma grande fachada, uma tentativa de aplicar a pesquisa aos próprios pesquisadores ao invés de outras pessoas. Para os fãs de "Lost", há algumas teorias sobre o que está acontecendo e elas serão abordadas nas próximas seções.
Algumas teorias
Os aficcionados por "Lost" desenvolveram diversas teorias sobre as causas exatas dos estranhos acontecimentos na ilha e nas vidas dos sobreviventes antes do acidente. Independente do mistério, é provável que a Iniciativa Dharma esteja envolvida. Aqui vão algumas das nossas teorias favoritas: Primeiro contato: uma nova forma de vida
O monstro da fumaça negra poderia ser uma forma de vida inteligente desconhecida. Essa criatura pode ler os pensamentos das pessoas e exibir imagens de seu passado. Seu comportamento será diferente, dependendo de como a pessoa responde à sua presença e representar ou não uma ameaça. Ela poderia ser inteligente ou programada para reagir a certos estímulos de forma específica.
Utilizando a energia: radiação eletromagnética
A radiação eletromagnética fornece energia para tudo, desde TVs até máquinas de ressonância magnética. Até mesmo luz visível faz parte do espectro eletromagnético. A Iniciativa Dharma construiu a Estação 3 supostamente para estudar estranhas flutuações eletromagnéticas provenientes de parte da ilha. Eletricidade, campos magnéticos estáticos e partes diferentes do espectro eletromagnético podem explicar:

Foto copyright 2004 ABC, Inc. /
Mario Perez
Para onde foram todos esses suprimentos quando os Outros abandonaram a estação médica? Será que eles realmente chegaram a estar lá ou a Claire teve alucinações?
|
-
o monstro de fumaça: poderia ser uma alucinação incitada pela exposição à radiação EM, átomos de ferro suspensos em um campo magnético ou apenas luz visível refratada;
-
a habilidade de Locke de andar: algumas pessoas levantaram a teoria de que Locke possui pinos em suas pernas e que ímãs as controlam;
-
a bússola: a presença de um forte ímã certamente faria com que uma bússola normal apontasse outro local que não o norte.
Portais e "túneis espaço-temporais"
A ilha pode ser um dos diversos "portais" que permitem às pessoas viajarem de um lugar a outro. Teorias fazem alusão à localização da ilha em relação ao Triângulo das Bermudas e outros fenômenos paranormais. Isso poderia explicar:
-
o avião de drogas: um Beechcraft não seria capaz de viajar de forma razoável da Nigéria até a ilha. Ele poderia, no entanto, viajar acidentalmente por um portal na costa da Nigéria e chegar no Oceano Pacífico;
-
as idas e vindas dos Outros: Danielle Rousseau passou teoricamente 16 anos na ilha sem ter visto os Outros. Ainda assim, os Outros causaram muitos problemas. Eles podem ter viajado para diferentes bases de operações via um portal.
Batalha de cientistas: os Outros x Iniciativa Dharma
Em "Lost", os Outros parecem utilizar e possivelmente, viver nas instalações da Iniciativa Dharma. Algumas vezes eles se parecem com médicos e outras com indigentes. Independente disso, eles podem ser objeto de estudo dos experimentos da Iniciativa Dharma, não pesquisadores. Ou ainda, podem ter sido objeto de estudo e se rebelaram contra os pesquisadores.
O fato de terem sido objeto de experimentos, explicaria sua aparente perspicácia e discrição. Sejam eles parte da Iniciativa Dharma ou não, provavelmente têm alguma razão para abduzir pessoas da ilha. É possível que:
-
a vacina os tenha tornado estéreis;
-
eles esperam obter um resgate pelas vítimas;
-
eles realmente acreditam que as pessoas que seqüestram estão em melhores condições com eles;
-
eles precisam de material genético específico para experim
-
Mais teorias
Fenômenos psíquicos
O escritor Doc Jensen, da Entertainment Weekly, teoriza (em inglês) que um morto assombra a ilha, em "Lost". Os cientistas da Hanso Foundation estavam estudando um fenômeno psíquico conhecido como visão remota. Eles podem estar observando a ilha de outro local ou até mesmo influenciando eventos com o poder da mente. O que dá embasamento a essa teoria?
-
Praticamente tudo o que há de esquisito na ilha: a mediunidade poderia fazer com que todos vissem coisas que na verdade não estão lá.
-
Os murmúrios na floresta: os sons que os sobreviventes escutam na floresta podem não ser os murmúrios de Outros fisicamente presentes. Podem ser as vozes de psíquicos que não estão sequer na ilha.
Experimentos da Iniciativa Dharma

Foto copyright 2004 ABC, Inc. / Mario Perez
Sobreviventes de um acidente ou objetos de pesquisa?
|
A Iniciativa Dharma poderia ser um grupo de cientistas que realmente estuda o que diz estudar. Seus experimentos poderiam incluir:
-
meteorologia: as chuvas súbitas e as mudanças abruptas nas marés podem ser parte de um experimento, embora possam ser apenas fenômenos climáticos normais;
-
psicologia: a rotina de apertar o botão na Estação 3 pode ser uma "Caixa de Skinner" projetada para estudar o condicionamento operante ou um teste para observar como tarefas monótonas ou sono interrompido afetam as pessoas. Todas as embalagens de comida na Estação 3 possuem um logomarca da Estação "Swan" (Cisne) e não a logomarca básica da Iniciativa Dharma. Essa comida também pode ser parte do experimento;
-
parapsicologia: as vozes na floresta e os sonhos realísticos dos sobreviventes do vôo 815 podem ser causados por influências paranormais;
-
zoologia: o tubarão marcado com a logomarca da Dharma, ursos polares e o pássaro que grita "Hurley" podem ser todos parte de um experimento em animais;
-
eletromagnetismo: parece existir um forte ímã atrás da parede na Estação 3. O monstro de fumaça negra também poderia ser parte de um experimento.
Metáfora literária
Diversos livros e registros aparecem entre os pertences dos sobreviventes do vôo 815 e na Estação 3. Muitas pessoas levantam a teoria de que isso são pistas sobre o que está acontecendo. Eles apontam que "Watership Down" fala sobre coelhos em busca de um novo lar e "A Wrinkle in Time" discute a viagem no tempo e a viagem entre diferentes dimensões. Entretanto, os dois livros possuem temas mais obscuros. "Watership Down" descreve uma situação em que coelhos são engordados para serem mortos. "A Wrinkle in Time" inclui uma briga contra o mal e algo chamado IT que controla as vidas das pessoas nos mínimos detalhes.
Outros livros provavelmente relacionados a "Lost" são: "Occurrence at Owl Creek Bridge", "The Brothers Karamazov", "Green Lantern/Flash: Faster Friends Part 1", "Rainbow Six", "The Turn of the Screw", "The Third Policeman" e "Are You There, God? It's Me, Margaret".
Jogos mentais
É improvável que todos os eventos na ilha estejam se passando na mente de uma pessoa. Mas as memórias dos sobreviventes do vôo 825 podem não ser confiáveis. As freqüentes aparições de uns nas memórias dos outros pode indicar "interferência" ao invés de coincidência ou predestinação. Elas podem ser memórias artificiais que acabaram sendo inseridas nas mentes dos sobreviventes. Afinal de contas, qual a probabilidade de Kate, Locke e Michael terem todos tido acidentes envolvendo o mesmo carro dourado?
Além disso, muitos dos sobreviventes do vôo 815 viram pessoas e objetos na floresta que não deveriam ou não poderiam estar lá. Isso pode ser o resultado de uma alucinação coletiva, controle da mente ou outras "interferências" na percepção dos sobreviventes.